Vários são os rituais de final de ano, para que se tenha sorte no ano que se aproxima.
Roupa branca, para os que querem paz, ( na verdade, mesmo se não existisse guerra, eles pediriam a paz e usariam a roupa branca).
Comer lentilhas, para os que querem garantir a fartura sobre a mesa ( mas fartura de outras comidas, afinal, lentilha durante o ano todo, ninguém merece, fico pensando se a pobre lentilha sabe que ela esta sendo comida no dia 31 de dezembro).
Isso sem falar nas Romãs, nos bagos de uva, na carne de porco, o uso obrigatório de calcinhas ou cuecas novas, uma nota de dinheiro dentro do sapato, lençóis novos, pular só se for com o pé direito, jogar moedas, da rua para dentro de casa, mas, a mais maluca que eu achei, foi uma, que dizia que, a pessoa teria que varrer a casa, de dentro para fora, e depois, QUEIMAR A VASSOURA E ENTERRAR AS CINZAS!!
Convenhamos que isso tudo não pode funcionar. Se uma pessoa decidisse fazer todas essas "estranharias" quando ela acabasse já teria acabado também o ano.
Agora, sem querer ser o dono da verdade, acho que, para que comecemos o ano bem, temos primeiro que analisarmos como terminamos o que está acabando.
O que fizemos, o que não fizemos, e se deveria ou não ter sido feito.
De forma que, se precisamos concertar o futuro, é porque à algo errado no passado.
Acho de verdade, que temos que encarar um ano novo, como um capitulo de um livro, e todo capitulo, de todo livro, se encaixa, fazendo que tudo se encaminhe para um final. As vezes bom as vezes trágico, o escritor é quem tem tudo nas mãos... E se a vida é um livro, você é o escritor.