sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Um ponto de vista, sobre o ponto de vista


Um dia me disseram que todo ponto de vista, era na verdade, uma vista a partir de um ponto. Fiquei a pensar: de qual ponto estaria tendo a minha visão?
Tentei então, criar um ponto de vista, para observar o meu próprio ponto de vista, em vão, pois o ponto em que me encontrava, estava acima de todos os outros, alto demais para ser visto ou alcançado, alto demais para me lançar lá de cima.
Tarde demais também, agora, a alto critica já havia me encontrado, e eu só conseguia pensar que talvez, lá de baixo, meu ponto de vista se torne mais coerente, e até mais justo. Afinal, mais de perto posso ver as coisas como elas realmente são, colocar-me no lugar do outro, como alias, eu sempre defendo, e digo, mas sempre aqui do meu lugar, poderá me fazer entender melhor o por que do choro, o por que do ódio, o por que do amor.
Passei horas discutindo comigo e encorajando-me a descer, anos porém já se passaram, e eu ainda estou aqui. Não mudei, não desci.
Decidi ficar aqui, pra sempre no lugar mais alto e seguro do mundo: O meu ponto de vista.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Ao professor



O moço que escreve a carta de amor, a moça que lê com suspiro apaixonado.

Todos eles tiveram o mesmo aliado.

O advogado que defende, o promotor que acusa, e o juiz que toma a decisão.

Todos eles passaram pela mesma mão.

O jornaleiro que vende jornal, o jornalista que o escreveu, e aquele que leu.

Agradeça a mesma pessoa o presente que a vida lhes deu.

O medico, e o paciente.

Também tiveram um mestre a sua frente.

O engenheiro e o físico nuclear.

Tiveram a ajuda de alguém que lhes ensinou a contar.

O musico que canta e o biólogo que se levanta pela manhã.

Também aprenderam com aquele a quem se presenteia com uma maçã.

E o poeta, aquele que com letras encanta

Agradece, também, com muito amor.

Ao querido professor.