sexta-feira, 18 de maio de 2012

Pequeno príncipe e um memorável guerreiro


Raros momentos de silencio, me trazem a mente uma não tão boa inspiração, onde posso fazer o que me traz paz, pois enquanto escrevo, deixo sair de mim, tanques vazios, infestados de dor, que em momentos de “PAPEL E CANETA” são trocados, por satisfação e gozo.
Por isso, a ideia de criar este espaço, pois não é bom que deixemos só para nós, aquilo que nos faz bem, e já que é assim: o que de mais importante, significativo e abençoador, já aconteceu na minha vida, além da vida do Luís Henrique? E é ele o mais importante, agora:
Ainda sinto saudade, e sempre vou sentir, daqueles olhinhos vibrantes, a respiração alta, os pezinhos por vezes trêmulos, e de minha mãe, ou alguém da família chegando à porta do quarto, e dizendo com voz de quem fala com criança: “CADE O LULU?”.
Mas reconheço, que não imaginava que seria assim, fraco que sou, senti medo.
Luís, nome de origem germânica, cujo significado é, guerreiro, guerreiros normalmente lutam. E foi isso exatamente, o que o nosso Lulu, nunca deixou de fazer, lutou contra todo preconceito, hipocrisia, mentira, expos e desfez tudo o que era perto de sepulcro caiado. Bons guerreiros, os memoráveis, esses vencem, e foi exatamente isso o que o nosso Lulu fez, venceu o preconceito, fazendo com que todos o amassem, sem levar nada em consideração, nada, que antes parecia ser tudo, (hoje chega a impressionar a forma de como não é NADA), venceu hipocrisias, fazendo cada um assumir dentro de si, e a si mesmo, o tamanho da mascará carregada, e defendida, por outrora hipócritas, venceu mentiras carregadas de dor, angustia e sofrimento, trazendo então a dor necessária da verdade, e seu posterior alivio.
Lulu, enquanto todos diziam, não, ele disse sim,  enquanto médicos diziam: um dia, dois, ok.. uma semana, tá.. um mês de vida. Ele disse: UM ANO E TRES MESES.  Pois Luíses memoráveis, só vão embora depois que terminam sua missão, não importa o quanto a dificultem.
Henrique, nome de origem teutônica, cujo significado é, príncipe, príncipes, normalmente moram em reinos, e é exatamente onde ele esta agora, ao lado de Deus, que foi quem o mandou a terra, predeterminou e possibilitou todas as suas vitorias, e certo, de que o fim principal do homem, é glorificar a Deus, o Luis Henrique, também foi perfeito no cumprimento de mais essa missão.
Não sabíamos de nenhum destes significados, isso veio depois, devido a minha mania de pesquisar significados de nomes, mas é fato, Deus já sabia, e sabia de tudo o que seria na vida do meu pequeno LUIS HENRIQUE 
Muito, obrigado Deus, pelo breve e precioso tempo com o Lulu.
O TIO TE AMA, SAUDADES!!!

terça-feira, 1 de maio de 2012

A mochila


Ouvi meu nome, tempos atrás me chamando para ajudar-lhe, nada estava fácil, pensei em não dar atenção, me lembro de que estava com muito sofrimento, mas, me disseram que tu estavas sofrendo, então guardei os meus em minha mochila e fui ao teu encontro.
Foram tempos difíceis, mas eu estava lá, passamos por tudo, juntos. Choramos, enfrentamos chuvas e ventos, fortes tempestades vieram contra nós, homens maus estavam a todo instante em nosso calcanhar, clamamos a Deus por socorro, Ele parecia não ouvir.
Ficamos sem entender, os ventos não paravam de soprar, e a maldade só aumentava, parecia mesmo que tudo estava perdido, porem, hoje eu sei, já estava ganho desde o inicio, Ele já tinha nos atendido mesmo enquanto parecia distante.
E aos poucos os ventos foram se dizimando, a perversidade se autodestruiu como sempre aconteceu. Voltamos a sorrir, e a chorar de alegria, por fim tudo estava resolvido, era hora de voltar para casa, choramos ao nos despedir, mas estávamos alegres.
No caminho, me lembrei da mochila abarrotada, da qual eu haveria de encontrar quando chegasse em meu destino, esse pensamento me tomou durante todo o percurso. Recordo-me bem dos momentos em que subia as escadas para o 12º andar, e a sensação de pânico, medo e ansiedade que ficava cada vez mais forte e da vertigem que a mesma me causava.
Já estava no corredor, caminhei até a porta, tirei a chave do bolso, girei-a pela fechadura respirei fundo, hesitei um pouco e quando por fim abri, lá estava ela, em cima do sofá, como eu havia deixado, parecia até que ela estava me esperando, ansiosa, como um pai espera um filho quando este sai a uma festa nos dias de hoje.
Com certa relutância fui ao teu encontro, foi então que notei que a mochila estava mais leve, com cuidado e apreensão abri-lhe o zíper, e ela estava vazia.